O Programa de Capacitação em Espeleologia, promovido pela eBRe e direcionado aos membros ativos dos grupos de espeleologia regionais, teve sua terceira atividade prática de sua terceira etapa, Curso de Formação de Espeleólogo Nível II (Curso Avançado de Espeleologia), realizada nos dias 03 e 04 de setembro de 2022.
Esta atividade foi voltada aos inscritos concentrados na região Sul do Brasil, e contou com 09 participantes do Grupo de Estudos Espeleológicos do Paraná (GEEP-Açungui) (02) e do Espeleo Grupo Japi (EGJ) (07).
Esta atividade prática foi realizada nas proximidades da Vila de Bromados, em Rio Branco do Sul (PR), a cerca de 40 km de Curitiba (PR).
Nesta região ocorre uma faixa de exposição de rochas calcárias da Formação Botuverá (Grupo Brusque), onde já é registrada a ocorrência de algumas cavidades (exp. Bromado, Bromado I e Bromado II).
Para a avaliação da capacidade de coordenação dos participantes, um dos objetivos da Formação de Espeleólogos Nível II, esta região foi definida como a área-alvo, e duas equipes tiveram que organizar um planejamento de campo para a execução de uma prospecção de cavidades naturais subterrâneas.
Para tal, os participantes tiveram que aplicar os conhecimentos e técnicas repassados durante as aulas teóricas, integrando informações e observações sobre a geologia, geomorfologia, hidrologia e carstologia, para programar e gerir com segurança as atividades de exploração.
Em cada grupo, um espeleólogo, com ampla experiência e notório saber na organização e execução de atividades espeleológicas, atuou como Tutor, o qual avaliava e colaborava para um bom encaminhamento das atividades de escritório e campo.
Devido à adversidades identificadas desde o primeiro dia, foram necessárias várias mudanças na composição dos grupos, a fim de se estruturar equipes dinâmicas e diversas. Todas decisões foram tomadas mediante debate e acordo comum.
Durante dois dias de trabalho, os membros das equipes alternavam as responsabilidades e também aprendiam com os mais experientes de cada área sobre as especificidades e os desafios que ocorrem durante o campo e escritório.
Por estarem presentes dois grupos de espeleologia que atuam em contextos geográfica, geológica, biológica e socialmente distintos, as conversas foram bastante interessantes e proveitosas.
A atividade foi incrível, tanto no aspecto didático-prático, quanto no tocante aos resultados alcaçados:
- Cavidades foram localizadas, sendo que as já conhecidas terão sua geolocalização atualizada e as desconhecidas serão cadastradas nos banco de dados nacionais!
- A partir dos dados coletados, cada equipe elaborou relatórios de campo, onde compararam os dados anteriores com os obtidos.
O campo de prática trouxe um essencial aprendizado e aprimoramento por meio da capacitação dos participantes.
A persistência dos membros do EGJ, uma integrante aniversariando em plena atividade, e a união de todos, contribuíram muito para superar atrasos, acidentes, a chuva, o frio e o relevo desafiador.
Embora tantos obstáculos enfrentados, foi atingido o objetivo planejado!