O Programa de Capacitação em Espeleologia, promovido pela eBRe e direcionado aos membros ativos dos grupos de espeleologia regionais, teve a primeira atividade prática de sua segunda etapa, o Curso de Formação de Espeleólogo Nível I (Curso Básico de Espeleologia), realizada no dia 16 de janeiro de 2022.
Esta atividade foi voltada aos inscritos concentrados próximos a região de Brasília (DF).
Para os demais inscritos, estão sendo organizadas outras saídas de campo por região.
Já estão previstas as saídas para a região de Minas Gerais (2 saídas, uma dia 29 e outra dia 30 de janeiro de 2022) e São Paulo (05 e 06 de fevereiro de 2022), pendendo a organização de uma quinta saída de campo, para contemplar os inscritos sem disponibilidade para participar das demais.
A atividade prática do dia 16 de janeiro foi realizada na Gruta dos Ecos (GO-18), localizada no município de Cocalzinho de Goiás (GO), a cerca de 100 km de Brasília (DF).
Esta gruta se desenvolve em rochas metamórficas, reconhecidas em micaxistos e quartzitos, havendo pacotes de mármores apenas de maneira isolada no pacote rochoso. Este fato confere destaque nacional para esta feição cárstica, pois é a maior caverna conhecida (mais de 1 km de extensão) que ocorre em micaxistos no Brasil.
Participaram desta atividade os membros da eBRe Bernardo Bianchetti e Mariana Timo, além de participantes dos grupos de espeleologia: Espeleogrupo de Brasília (EGB), Grupo Espeleológico Maranata (GEMA), Grupo Espeleológico da Geologia (GREGEO/UnB) e EspeleoRio.
Durante a visita a caverna, foram abordados os assuntos discutidos durante as aulas teóricas, em especial guiados pelos espeleólogos Daniel Luz (Biologia Subterrânea), Fábio Osório (Geologia e Espeleogênese) e Kariel Araújo (Segurança e Socorro), visto que os mesmos já tinham experiência na incursão desta cavidade.
A atual coordenadora da eBRe, Mariana Timo, abordou ainda assuntos como o potencial paleontológico da cavidade, assim como a fragilização da proteção ao patrimônio espeleológico advinda da publicação do Decreto Federal nº 10.935/22.
Esta discussão culminou em uma manifestação em repúdio a este ato legislativo.
A etapa prática foi muito importante para a mobilização e consolidação das informações e conhecimentos disponibilizados durante a etapa teórica.
Além disso, foi, também, um momento único de interação, visto que, desde o início da pandemia, os grupos de espeleologia participantes estavam evitando atividades presenciais.
Logo, foi um evento de novos encontros e de reencontros entre os membros novos e antigos destes grupos.
A atividade contou ainda com a ajuda da Seção de Espeleorresgate (SER/SBE), que se manteve em sobreaviso durante a realização da atividade.
As próximas atividades acontecerão em Minas Gerais e São Paulo.
Fiquem atentos às novidades do Programa de Capacitação em Espeleologia da eBRe!