a educação deve ter por objeto e por resultado formar seres tão completos quanto seja possível, capazes de irem mais além de suas especialidades cotidianas, quando as circunstâncias ou as necessidades os permitam ou os exijam: de abordarem o estudo de um problema científico, de apreciarem uma obra de arte, de conceberem ou de executarem um plano, até mesmo de participarem de discussões políticas e filosóficas. Ainda, de pôr a mão à massa, de se servirem com destreza, de exercerem, se necessário for, um papel social decente e útil
(FAURE, S. A Colmeia – uma Experiência Pedagógica, p. 109. 2015. Editora Biblioteca Terra Livre)
No dia 10 de dezembro de 2022, a Escola Brasileira de Espeleologia (eBRe) ofertou o Curso de Introdução a Espeleologia (Despertar Espeleológico) para o 69º Grupo Escoteiro José Ildeu Gramiscelli, de Pará de Minas (MG).
A atividade contou com a participação de 18 alunos, dentre eles, jovens e adultos, aspirantes e veteranos, e foi realizada com o apoio do Monumento Natural Estadual Gruta Rei do Mato (MNEGRM) em Sete Lagoas (MG).
Visou a sensibilização para o patrimônio espeleológico, de modo a propor discussões que “despertassem” os olhares dos membros do grupo para a importância das cavernas e de sua preservação e conservação.
O módulo teórico foi pautado em uma abordagem lúdico-pedagógica e horizontalizada para tratar do tema das cavernas, onde, através do diálogo e da troca de ideias e de experiências com os alunos, o conhecimento é repassado e construído de forma dinâmica.
Levando em consideração que a Espeleologia ainda é um assunto que se mantêm no “subterrâneo” das pautas educacionais, sociais e culturais, é um grande desafio socializar e dialogar este conhecimento com a sociedade, que por muitas das vezes não compreende sua importância.
O módulo prático foi realizado no período vespertino, com o grupo de escoteiros, acompanhada dos chefs responsáveis e a condutora do MNEGRM, visitaram a Grutinha (MG-176) e a Gruta Rei do Mato (MG-343).
Através da troca de ideias foi possível construir conceitos básicos sobre a teoria e a prática espeleológica entre os alunos e os professores, afinal, muitos dos presentes estavam tendo o seu primeiro contato com o mundo subterrâneo naquele momento.
A atividade se mostrou uma experiência rica pela grande troca de experiências entre os escoteiros e os espeleólogos, havendo uma democratização de conhecimentos e experiências práticas, atingindo não somente os objetivos do Despertar Espeleológico, como também possibilitando a realização de atividades de educação ambiental.
A eBRe agradece o MNEGRM e seus colaboradores pelo apoio e parceria, sempre oferecendo e possibilitando o acesso a estrutura e as cavidades.
Agradece também ao 69º Grupo Escoteiro José Ildeu Gramiscelli e seus integrantes pela confiança e pela oportunidade da construção desta parceria.